Terra
Um balanço divulgado pela Defesa Civil do Ceará esta semana mostra que o número de municípios em situação de emergência já subiu para 56 no Estado. A situação é mais crítica na região do sertão central, onde a chuva do primeiro trimestre no ano ficou até 70% abaixo do esperado. Outros 33 municípios já fizeram solicitações à Defesa Civil de demandas relativas à estiagem.
A Fundação Cearense de Meteorologia também não aponta um prognóstico favorável aos sertanejos. Só pra se ter uma ideia, para o mês de maio a expectativa era de um volume pluviométrico de 164 mm para o litoral de Fortaleza, mas até agora só choveu 0,5 mm. No sertão central, eram esperados 70 mm este mês, mas só 0,4 mm foram registrados.
Segundo a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 23 açudes do Ceará estão com um volume de água inferior a 30% da capacidade. Apenas 11 reservatórios têm mais 90% do total armazenável e um registra transbordo.
Além da dificuldade em manter a subsistência nas zonas rurais do Ceará, os agricultores também têm sido afetados pelos prejuízos causados pela estiagem. No início do mês, o governo do Estado anunciou medidas para amenizar as perdas de quase 80% em algumas lavouras, entre elas a execução de 1.500 projetos de abastecimento de água em parceria com o Ministério da Integração Nacional.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também informou que 15 mil t de milho já estão sendo destinadas ao Ceará e que outras 39 mil t estão em processo de licitação para atender aos agricultores cearenses.
