Liminar de Teori contra Eduardo Cunha descontentou parte do STF, diz jornal

Jornal do Brasil

A liminar do ministro do STF Teori Zavascki que determinou o afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal descontentou ministros do Supremo, diz a coluna de Mônica Bergamo na Folha. Alguns deles acreditavam que seria melhor apenas impedir o o peemedebista de assumir a presidência da República em caso de viagem de Michel Temer, já que Cunha é réu na Lava Jato. Outros também levantavam a possibilidade de apenas afastá-lo do cargo, não suspender o mandato.

Zavascki, contudo, teria provocado “uma avalanche” que acabou com qualquer possibilidade de divergência. Ele teria sido ameaçado de ser atropelado por Marco Aurélio Mello, que anunciou que poderia divulgar seu relatório em outra ação sobre o mesmo tema. O ministro, então, tomou a decisão.

Outra reportagem do jornal paulista destaca neste sábado que Eduardo Cunha manobrou até o fim para evitar seu afastamento.

Teori Zavascki determinou nesta quinta-feira (5) o afastamento do presidente da Câmara. O ministro, que é relator da Lava Jato, concedeu uma liminar em um pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República. Uma vez afastado do cargo, Cunha perde foro privilegiado, e seu julgamento e prisão ficariam viabilizados como cidadão comum.

A PGR diz que Cunha usa o cargo para “constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivode embaraçar e retardar investigações”. O procurador-geral se referiu ao parlamentar como “delinquente” que, em sua definição, significa quem infringe uma lei e/ou certas normas morais pré-estabelecidas. Pessoa que praticou um delito; criminoso. Entre os sinônimos de delinquente estão bandido, réu, matador, malfeitor, homicida, facínora, criminoso, celerado, assassino, sicário.

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