Em conversas reservadas, a avaliação entre peemedebistas da Casa é de que a “temperatura elevou-se muito” após vir a público trechos da delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e da possibilidade do surgimento de novos depoimentos de representantes de empreiteiras envolvidas no esquema investigado na Operação Lava Jato.
Em depoimento perante o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República na Lava Jato, Delcídio acusou Dilma de atuar três vezes para interferir na operação por meio do Judiciário. A presidente negou as declarações do senador. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar de acordo de colaboração premiada, que ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal.
Na ocasião, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), aliado de Renan, deverá assumir a primeira-vice-presidência do PMDB, podendo ocupar interinamente o comando da legenda caso Temer se afaste, iniciativa que já ocorreu um outras ocasiões. A demonstração de afinamento entre Temer e Renan também foi exposta na quinta-feira passada, dia que veio a público o depoimento de Delcídio. Na ocasião, o vice foi recebido pelo senador em Alagoas.