Alagoas, desde a semana passada, assiste nas ruas a uma força tarefa de combate ao mosquito que transmite o zika vírus.
Até o Exército participa dos trabalhos.
A ordem é entrar nas casas, identificar e acabar com as larvas, diminuir os focos destes pequenos inimigos.
Ao mesmo tempo, falta uma força tarefa que possa estimular esta geração de microcéfalos vinda a reboque da doença.
Políticas para o desenvolvimento destas crianças para que elas não se tornem um peso social e econômico para os pais.
Há casos de microcéfalos com 60 anos de idade, diz a medicina.
São pessoas que têm o direito de um desenvolvimento escolar especial porque existem os danos neurológicos.
Estes danos vão acompanhar as crianças pelo resto da vida.
É uma estrutura que depende de secretarias de educação devidamente instruídas e dispostas a ajudar as escolas.
Técnicos da saúde, assistência social, esportes e até- porque não- trabalho e renda.
Especialistas no Brasil dizem que o desafio não é somente investigar esta nova geração na área da Biologia.
Mas também oferecer uma assistência completa via SUS e também soluções para o saneamento básico, recolhimento de lixo- as cidades têm até 2017 para acabarem com seus lixões a céu aberto e em Alagoas só temos uma, Maceió, com aterro sanitário.
Alagoas, o terceiro lugar mais pobre do Brasil, tem 154 casos suspeitos de microcefalia.
O Governo Renan Filho precisará de apoio de entidades internacionais se quiser fazer daqui um grande laboratório nacional, em busca de soluções que também afetam a nossa pobreza.
Dizem que a crise carrega a semente da oportunidade.
Eis pela frente uma para deixarmos o confortável sofá de espectadores.