Um encontro ano passado entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-deputado João Caldas traçou um lado da eleição em Maceió.
João queria de Renan o apoio dos Calheiros ao filho, o deputado federal João Henrique Caldas- o JHC- para ser candidato a prefeito de Maceió.
Renan disse que a ordem era esperar a composição dos cenários.
João não gostou da resposta.
Daí JHC foi a Murici desafiar os Calheiros, mais precisamente Remi, o prefeito, num episódio de entrega de casas do Governo Federal.
Ganhou força nas pesquisas.
Na sua rádio, a Farol FM, na última sexta-feira, JHC disse que na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), comandada por Tácio Melo, existe uma máfia com os contratos das empresas de ônibus e os guardas de trânsito eram obrigados a seguir metas internas de multas.
Um escândalo.
Mais ainda porque JHC tem as indicações da Secretaria do Meio Ambiente na era Rui Palmeira.
E o prefeito de Maceió? Por que mantem o silêncio?
A ordem pessoal dele é ignorar os ataques para não aumentar a visibilidade ao deputado federal.
E por que atacar Tácio Melo?
Porque ele assumiu o Solidariedade em Alagoas, partido antes ocupado por JHC, que hoje está no PSB, e o deputado apoia o irmão, João Antônio Caldas, na busca por uma vaga à Câmara de Vereadores em Maceió.
Tácio também é candidato ao legislativo mirim.
JHC enfrenta um processo de cassação de mandato no Tribunal Superior Eleitoral por trocar de partido.
Vamos acompanhar o resultado dessa briga.
Atualizada às 06hs51: Chama-se Davi Maia o secretário do Meio Ambiente indicado por JHC. Maia é filiado ao DEM, do secretário de Saúde, José Thomáz Nonô, e apoia a reeleição de Rui. Os botes da nau da trairagem começam a afundar para JHC.
