44% das brasileiras sofreram com assédio no trabalho em 2022, diz pesquisa

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O local de trabalho se transformou em cenário de sofrimento para 44% das brasileiras no último ano. É o que diz os dados da terceira edição da Women @ Work, realizada pela empresa de consultoria Delloite.

Mulheres trabalhadoras negras e indígenas relataram não ter sido reconhecidas pelas ideias em seus ambientes de trabalho. O número subiu para 44%, diz a pesquisa.

Para o levantamento, foram ouvidas 5 mil mulheres no mercado de trabalho em dez países — 500 no Brasil, com idade entre 18 e 64 anos.

6% das brasileiras disseram ter enfrentado situações em que abordadas constantemente de maneira pouco profissional ou desrespeitosa quando questionadas. Este número corresponde ao mesmo da média global.

Outro dado preocupante é que mesmo reconhecendo o assédio ou agressões só a metade das mulheres denunciou a violência à empresa. Entenda os motivos para evitaram recorrer a instâncias superiores:

– 34% disseram que o comportamento do agressor não era grave o suficiente para uma queixa justificada;
– 23% ficaram com receio que a denúncia não fosse levada a sério
– 15% temeram piora na situação após a formalização da queixa.

De acordo com a pesquisa, mulheres negras e indígenas foram menos convidadas para atividades predominantemente comandadas por homens, 18% a menos do que as demais (12%).

Também precisaram lidar com mais piadas feitas às suas custas (6%, contra 4% das brancas).

*Com informações do Universa UOL

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