Minicurso Teoria Geral (Keynes)
Profª Dra. Luciana Caetano
Profº Dr. Roberto Simiqueli
TÍTULO: Revisitando a Teoria Geral de J.M.Keynes, PARTE I.
Período: 27 a 29/04, 15h às 17h
Plataforma: Google meet: https://meet.google.com/oem-xngd-qte?pli=1&authuser=1 (Com acesso livre pelo e-mail institucional).
RESUMO
A retomada do liberalismo econômico pelo centro dinâmico do capitalismo levou os países periféricos à sua reprodução em um ambiente que começava a experimentar os efeitos da desindustrialização antes mesmo de, no Brasil, ter alcançado a maturidade. A periferia capitalista, a partir dos anos 1990, começa a implantar as orientações gestadas no Consenso de Whashington, sem questionamentos ou apego à soberania nacional. A desregulamentação dos mercados, a elevação do grau de abertura comercial, a flexibilização das relações de trabalho (precarização do trabalho) e desidratação do protagonismo do Estado foram apresentados, de forma equivocada, como um passaporte ao desenvolvimento, com uma política macroeconômica alicerçada no tripé neoliberal: juros elevados para controle de inflação, câmbio flexível e austeridade fiscal para assegurar superávit primário suficiente para honrar a dívida pública, preferencialmente, externa.
A crise financeira de 2008 revela a fragilidade desse sistema desprovido de regulação e fiscalização adequadas à preservação do equilíbrio de mercado. O efeito contaminação da crise de 2008 revelou a importância de se rever os princípios do liberalismo em um ambiente dominado por grandes corporações que se expandem por todo globo terrestre nos mais diversos setores. Sistema financeiro e sistema de comunicação são dominados por organizações que dominam o mundo inteiro e esse modelo de concentração patrimonial e de renda tem levado a um saldo de extrema pobreza que beira a desumanidade.
Poderes executivo, legislativo e judiciário das nações parecem cada vez mais subordinados aos grandes monopólios setoriais, notadamente, comunicação, armas, religião, agronegócio e mineração. O Estado abdicou de seu protagonismo, colocando-se a serviço de quem pode comprar decisões alinhadas com o projeto de manutenção da desigualdade econômica e social.
Nessa disputa de modelos econômicos e posições ideológicas, o capitalismo de Estado foi substituído pelo capitalismo de mercado com efeitos sobre concentração da riqueza e elevação da extrema pobreza, notadamente, nos países periféricos, menos competitivos e como posição desfavorável na divisão internacional do trabalho.
Justificativa
Recuperar o debate acadêmico sobre o referencial teórico que guiou as economias capitalistas após a crise de 1929 e permitiu, do pós-guerra (1945) aos anos 70, um certo grau de estabilidade com crescimento econômico, assentado no capitalismo de Estado. A intervenção estatal no Brasil, seja como regulador ou investidor, contribuiu com os anos dourados do capitalismo, sendo responsável pelo avanço mais promissor da infraestrutura industrial do país.
OBJETIVO GERAL
Aprofundar o debate acadêmico acerca das correntes de pensamento econômico para além do mainstream, na perspectiva de estimular o pensamento crítico e possibilitar aos graduandos uma reflexão acerca dos caminhos que o Brasil está trilhando no campo das políticas econômicas, ora vigentes.
RESULTADOS ESPERADOS
Alcançar, pelo menos, 50 pessoas através de um debate acadêmico democráticos e transparente, com a participação de docentes e discentes de diferentes áreas do conhecimento, a partir da Teoria Geral (Keynes) em contraposição ao receituário neoliberal.
PROGRAMAÇÃO
Dia/ Professor(a) |
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES PLANEJADAS |
27/04 Profª Luciana |
Livro I – cap. 1 A Teoria Geral
cap. 3 O princípio da demanda efetiva. |
28/04 Profº Roberto |
Livro II – cap. 5 A expectativa como elemento determinante do produto e do emprego.
Cap. 12 O estado de expectativa de longo prazo |
29/04 Profª Luciana |
Livro III – cap. 8 A propensão a consumir – os fatores objetivos.
Cap. 9 A propensão a consumir – os fatores subjetivos. |