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17a Vara põe em liberdade vereadores de Rio Largo

Dois dias após a publicação de uma minuta no Diário Oficial do Estado, que soltava nove pessoas- entre elas vereadores- em Rio Largo- e da Justiça Estadual ter voltado atrás na decisão alegando erro, a 17a Vara fechou a questão: nove pessoas- entre elas vereadores e empresários- foram libertadas da prisão, por ordem da Justiça. Todos são da cidade de Rio Largo, a 25 quilômetros de Maceió.

 Há três semanas, a Força Nacional- a mando da Justiça- cercou o prédio da Câmara de Vereadores e anunciou a prisão dos legisladores municipais. O prefeito da cidade, Toninho Lins (PSB), também foi preso. E permanece na cadeia. Ele é considerado líder da organização criminosa, segundo o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual.
Segundo o Gecoc, todos são acusados de corrupção por vender um terreno, destinado à construção de casas às vítimas das enchentes de junho de 2010. O terreno pertencia à Usina Utinga Leão, foi desapropriado, o valor da transação pago à usina (R$ 700 mil)- com autorização da Câmara- mas, meses depois, a mesma área foi vendida- após nova autorização do prefeito e do legislativo municipal, o terreno foi vendido a uma empresa- que ergue um residencial e um empreendimento comercial- pelo mesmo valor da desapropriação.
Só que a área, segundo o MP, vale R$ 21 milhões. E tem uma dívida de R$ 50 milhões, que foi assumida pela Prefeitura, em esquema que envolve propina e troca de favores com a Usina Utinga Leão. Um escritório de contabilidade é investigado por facilitar a fraude.
As obras no terreno foram suspensas, a mando da Justiça.
Na terça-feira, sete suplentes de vereador em Rio Largo e a vice prefeita, Fátima Correia, tomaram posse nas funções na cidade. Ela alegou desconhecer a fraude, demitiu os secretários e anunciou auditoria na folha da Prefeitura.
O prefeito preso Toninho Lins entra nesta sexta-feira, 15, com um agravo de instrumento com o objetivo de afastar a prefeita recém-empossada. Toninho Lins teve o habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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