Onze policiais militares do Batalhão de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, foram afastados das ruas suspeitos de receber propina para não reprimir o trabalho irregular de mototaxistas. Um deles foi preso em flagrante pela corregedoria por tráfico de drogas.
As investigações começaram em outubro do ano passado. O batalhão é o mesmo onde estavam lotados PMs acusados de matar a juíza Patrícia Acioli em 2011. Imagens feitas pela corregedoria da corporação mostram um grupo de mototaxistas que atua no bairro Jóquei. De acordo com as investigações, o sargento Paulo Toberto da Costa Dias aparece recebendo dinheiro das mãos de um mototaxistas. Os rostos dos policiais foram protegidos nas imagens porque, segundo a corregedoria, eles ainda não foram denunciados à Justiça.
Outro policial que aparece nas imagens é o soldado Pablo Moraes Bernardes, de 32 anos, inclusive comprando uma pistola. No carro do policial, foram apreendidas a arma, a identidade funcional dele e 80 cápsulas com um pó branco. O material será analisado para verificar se é cocaína. O Governo do Estado começou a instalar câmeras em carros do batalhão, que vão gravar o trabalho dos policiais nas ruas.
Outros dez policiais investigados no esquema foram retirados do serviço nas ruas e estão desempenhando tarefas administrativas internas. Eles vão responder a um processo disciplinar que pode resultar em expulsão da corporação. Também foi aberto inquérito para investigar crime de concussão: exigência de vantagem econômica indevida. A pena prevista varia de dois a oito anos de prisão. A prisão preventiva deles já foi pedida à Justiça.
As informações são do G1
