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Obra de Monteiro Lobato cai em domínio público- e inclui discussão sobre petróleo em Alagoas

Desde 1º de janeiro, todas as obras do escritor Monteiro Lobato estão sob domínio público no Brasil. Isso significa que os direitos autorais não são mais protegidos. As editoras preparam livros especiais ou reedições dos clássicos do criador dos personagens do Sítio do Picapau Amarelo.

Só que Monteiro Lobato tinha uma personalidade diversificada. Não era só escritor, mas também editor, empresário além de neto de donos de fazenda em São Paulo. Tentou, sem sucesso, levar adiante os negócios no café; formou-se advogado por imposição do avô, o Visconde de Tremembé. Mas não exerceu a advocacia.

Porém, tornou-se dono de editora, revista, publicou os próprios livros usando uma fortíssima campanha de divulgação do produto numa época em que existiam poucas livrarias no país. E enveredou até pela busca de petróleo. Suas marcas estão em Alagoas, no bairro de Riacho Doce, em Maceió.

O investimento dele associado ao conhecimento do engenheiro Edson de Carvalho levou o país a conhecer, em 1932, a descoberta de imensas reservas de petróleo. Nascia, com Monteiro Lobato e Edson de Carvalho, a Companhia Petróleo Nacional. Em 1936, publicou O Escândalo do Petróleo, mostrando que o Brasil tinha petróleo, mas havia resistência em se escavar a riqueza.

Eram os interesses internacionais. O caso do petróleo alagoano, registrado no livro, levou Monteiro Lobato a ser perseguido pelo Estado Novo. Exilou-se e desistiu de continuar a empreitada.

Monteiro Lobato morreu em 1948.

Com informações do Diário de Pernambuco

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