Gama Junior faz espetáculo para vítimas das chuvas

O músico e compositor Gama Júnior. Foto: Pablo De Luca

O músico Gama Junior apresentará nesta quinta-feira (15), feriado de Corpus Christi, o espetáculo Massala, a partir das 19h, no Teatro Deodoro. Premiado pelo Edital das Artes Eris Maximiano, promovido pela Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), o artista vai realizar o show, que já aconteceu no teatro do Centro Cultural Arte Pajuçara, pela segunda vez. Nessa nova oportunidade, será realizada uma ação beneficente, em parceria com a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), para as vítimas das fortes chuvas que atingiram Maceió. O show é gratuito, mas é preciso levar donativos como agasalhos, alimentos e material de higiene pessoal e de limpeza.

A banda RaizKanoa, primeira convidada da noite, dará conta da abertura do evento, que estava marcado, inicialmente, para o dia 27 de maio, mas precisou ser adiado em decorrência das chuvas. Às 20h, Gama Junior assume o palco e dá início ao Massala. O espetáculo contará, ainda, com a participação do sanfoneiro Xameguinho, de Chau do Pife e do Coletivo Afrocaeté.

Gama Junior não se deixou frustrar pela chuva e enxergou nela a possibilidade de fazer algo para ajudar a população. A entrada, mesmo gratuita, será convertida em doações. “Esta é uma forma de ajudar as vítimas das chuvas. Tudo que for arrecadado será entregue para quem foi atingido”, disse o artista.

Sob forte influência da música indiana e da espiritualidade, o show convida quem o assiste à meditação e à reflexão. Gama, multi-instrumentista, toca ukulele, flauta transversal, bansuri (uma espécie de flauta indiana) e pandeiro. O que mais chama atenção é justamente o encontro desses dois últimos instrumentos: a religiosidade indiana encontra o regionalismo nordestino.

Essa é, talvez, a grande marca do “Massala”, que apesar da indiscutível carga transcendental, não se resume a ela. Há a inserção, com o próprio Gama e, dessa vez, com os artistas convidados, da identidade alagoana. Do boi-bumbá ao toré, passando pelo coco de roda, baião e baque alagoano do maracatu, o espetáculo é uma celebração de duas culturas que, por mais diferentes que sejam, dialogam nas notas e na voz de Gama Junior.

Fonte: Secom/Maceió

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