São análises cuidadosamente elaboradas, deslocando fatos tornados banais, alguns até invisíveis, de suas raízes ontológicas para explicar Alagoas; marca construída pela escritora em suas obras anteriores: Bastidores da Violência (e dos violentos) em Alagoas, seu primeiro livro em co-autoria com Odilon Rios, e Construção da Alma Alagoana – de Graciliano aos nossos dias. Os três livros voltam o olhar analítico, crítico, reflexivo, da Cientista Social Ana Cláudia Laurindo, abordando as relações do poder com as pessoas no comezinho cotidiano, resgatando memórias e apontando possibilidades de novas construções históricas e políticas.

Em 200 anos de Alagoas, se propôs a fazer essa abordagem socioantropológica, conferindo elementos da subjetividade de mulher e mãe alagoana, para falar de temas sérios com a leveza de sua escrita poética, influência não negada das obras e estilo do escritor uruguaio Eduardo Galeano, com quem afina pensamentos e teorias.

No bicentenário de sua terra natal, a autora celebra a resistência dos anônimos, além da vida e da morte, como ser social.

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